Grupo Espírita Esperança e Caridade
Fundado por Eurípedes Barsanulfo em 1905

Introdução

O Grupo Espírita Esperança e Caridade representa um marco histórico no movimento espírita brasileiro e na trajetória espiritual de Eurípedes Barsanulfo. Fundado em 27 de janeiro de 1905, na cidade de Sacramento, Minas Gerais, esta instituição tornou-se um polo irradiador da doutrina espírita no interior do Brasil, especialmente na região do Triângulo Mineiro.

Intimamente ligado à conversão de Eurípedes ao Espiritismo, o Grupo nasceu como expressão de seu compromisso com a divulgação e a prática dos princípios kardecistas, após sua transformação espiritual iniciada em 1903 com a leitura de "Depois da Morte", de Léon Denis, e aprofundada nas visitas ao Centro Espírita "Fé e Amor" na Fazenda Santa Maria.

“Entre os que têm trabalhado ostensivamente na Terra pela victoria da nossa causa, que é a de Jesus, occupa Euripedes Barsanulpho um logar proeminente. A sua obra no planeta, que foi grande e vasta, sempre coroada dos melhores auspicios, porque sobre ella pairavam as bençãos do Alto, está bem viva na memória d'aquelles que acompanharam com interesse o desenvolvimento do Espiritismo no Brasil.”
Reformador, Ano 1918, Novembro, Edição 00022

O Grupo Espírita Esperança e Caridade não foi apenas um centro de estudos doutrinários, mas também um núcleo de assistência espiritual e material à comunidade, complementando a obra educacional do Colégio Allan Kardec e as atividades terapêuticas da Farmácia Espírita, formando assim um verdadeiro complexo de trabalho espírita em Sacramento.

Contexto Histórico

A Fundação do Grupo

Antecedentes (1903-1904)

A jornada que culminou na fundação do Grupo Espírita Esperança e Caridade começou em 1903, quando Eurípedes Barsanulfo entrou em contato com a literatura espírita. Seu tio, Mariano da Cunha (conhecido como "Sinhô Mariano"), fundador do Centro Espírita "Fé e Amor" na Fazenda Santa Maria, apresentou-lhe o livro "Depois da Morte" de Léon Denis.

Durante meses, Eurípedes visitou o Centro Espírita "Fé e Amor", participando de reuniões e testemunhando fenômenos mediúnicos que o impressionaram profundamente. Na Sexta-feira da Paixão de 1904, ocorreu sua conversão definitiva ao Espiritismo, levando-o a renunciar ao cargo na Irmandade de São Vicente de Paulo.

Fundação Oficial (27 de janeiro de 1905)

Após sua conversão, Eurípedes decidiu fundar um grupo espírita em Sacramento, visando disseminar os princípios doutrinários e oferecer assistência espiritual à comunidade. Em 27 de janeiro de 1905, foi oficialmente instalado o Grupo Espírita Esperança e Caridade, na residência de Eurípedes Barsanulfo.

O ato de instalação contou com a presença de 84 pessoas, número considerável para uma primeira reunião espírita em uma cidade do interior, demonstrando o respeito e a influência que Eurípedes tinha na comunidade.

“Na cidade do Sacramento, e na residencia do nosso confrade Euripedes Barsanulpho, foi recentemente instalado o Grupo Espirita Esperança e Caridade, tendo comparecido ao acto 84 pessoas — assistencia que se pode considerar avultada, não só por se tratar de uma primeira instalação, como por occorrer ella em uma cidade do interior.” Reformador, Ano 1906

Entre os primeiros participantes do Grupo Espírita Esperança e Caridade estavam pessoas da comunidade sacramentana interessadas no Espiritismo, familiares de Eurípedes (alguns já convertidos, outros ainda céticos) e colaboradores que acreditavam em sua proposta de trabalho espiritual.

Inicialmente, as reuniões aconteciam na residência de Eurípedes, em um espaço adaptado para acomodar os participantes. A estrutura era simples, mas adequada para os estudos doutrinários e as atividades mediúnicas. Com o crescimento do número de frequentadores, foram necessárias adaptações para comportar todos os interessados.

Atividades Desenvolvidas

O Grupo Espírita Esperança e Caridade desenvolveu um conjunto diversificado de atividades fundamentadas nos princípios kardecistas e orientadas para o estudo doutrinário, o desenvolvimento mediúnico e a assistência espiritual e material:

As atividades seguiam uma programação regular, com dias específicos para cada tipo de trabalho. Os estudos doutrinários geralmente ocorriam às segundas e quintas-feiras, enquanto as sessões mediúnicas mais reservadas aconteciam em dias e horários específicos, com a participação apenas de médiuns já desenvolvidos e colaboradores preparados para este tipo de trabalho.
Segundo relatos da época, Eurípedes conduzia pessoalmente muitas das reuniões, orientando os estudos e as práticas mediúnicas com base em seu profundo conhecimento doutrinário e em sua própria experiência mediúnica. A seriedade e o compromisso com os princípios kardecistas eram marcas registradas de todas as atividades.

Relação com Outros Centros Espíritas

O Grupo Espírita Esperança e Caridade manteve relações fraternas com outros centros espíritas da época, estabelecendo uma rede de solidariedade e troca de experiências que foi fundamental para a consolidação do movimento espírita na região:

• Centro Espírita "Fé e Amor": Manteve laços estreitos com o centro fundado por Mariano da Cunha na Fazenda Santa Maria, que foi o berço da conversão de Eurípedes ao Espiritismo.
• Federação Espírita Brasileira: Estabeleceu correspondência com a FEB, enviando relatos de atividades que eram por vezes publicados no Reformador.
• Centros Espíritas de Uberaba e Região: Promoveu intercâmbio com grupos espíritas de cidades próximas, como Uberaba, Araxá e Conquista.
• Comunicação com Centros de Grandes Cidades: Manteve contato com centros espíritas de São Paulo e Rio de Janeiro, recebendo literatura e orientações doutrinárias.

“Resulta das rapidas notações que acima ficam, que foram em numero de oito as novas agremiações de estudo e propaganda fundadas em nosso paiz, alem da folha doutrinaria A Nova Luz, de Guaratinguetá. Aos intrepidos lidadores, que em boa hora tiveram a iniciativa d'essas multiplas creações, ocioso é dizermos que fazemos votos, não só por que o céu abençoe os seus esforços, enviando a amparal-os os invisiveis mensageiros, mas que o seu exemplo seja por muitos outros imitado.” Reformador, Ano 1906

Participação de Familiares

A família de Eurípedes Barsanulfo teve participação significativa nas atividades do Grupo Espírita Esperança e Caridade, com destaque para sua mãe, Dona Meca (Jerônima Pereira de Almeida):

Além de Dona Meca, outros familiares também se envolveram nas atividades do Grupo:

• Waltersídes Willon: Irmão de Eurípedes, que posteriormente assumiria a direção do Grupo após o desencarne de Eurípedes
• Homilton Wilson: Outro irmão, que também colaborou ativamente nas atividades do Grupo
• Outros irmãos e parentes: Gradualmente, vários membros da família se aproximaram do Espiritismo e passaram a frequentar as reuniões do Grupo.

Esta participação familiar foi essencial para a continuidade da obra após o desencarne de Eurípedes, garantindo que seu legado fosse preservado por pessoas que compartilhavam não apenas os laços sanguíneos, mas também o compromisso com os ideais espíritas que ele defendia.

Crescimento e Reconhecimento

1906-1907: Primeiros Anos

Nos primeiros anos após sua fundação, o Grupo já atraía a atenção da comunidade espírita brasileira. O Reformador, importante periódico espírita, noticiou sua fundação, destacando a presença de 84 pessoas na inauguração e a atuação de Eurípedes como um "espírita tão inteligente quão modesto e dedicado".

Em 1907, com a fundação do Colégio Allan Kardec, o trabalho do Grupo ganhou uma dimensão educacional, formando com a Farmácia Espírita um tripé de atuação que abrangia o estudo doutrinário, a educação e a assistência aos necessitados.

1908-1913: Consolidação

Neste período, o Grupo Espírita Esperança e Caridade se consolidou como um importante centro de atividades espíritas, atraindo pessoas de Sacramento e de cidades vizinhas. A reputação de Eurípedes como médium e as curas realizadas no Grupo e na Farmácia Espírita contribuíram para sua crescente notoriedade.

Em 1913, quando ocorreu o famoso debate entre Eurípedes e o padre Feliciano Iague, o Grupo já era uma instituição estabelecida e respeitada, capaz de defender publicamente os princípios espíritas diante das críticas da Igreja Católica.

1914-1918: Apogeu e Desafios

Os últimos anos da direção de Eurípedes foram marcados simultaneamente pelo apogeu das atividades do Grupo e por crescentes desafios. A Primeira Guerra Mundial e seus efeitos, as perseguições religiosas e o processo judicial contra Eurípedes por exercício ilegal da medicina, testaram a resiliência da instituição.

Apesar das dificuldades, o Grupo manteve suas atividades, demonstrando a solidez de suas bases e o comprometimento de seus membros. No final de 1918, com a chegada da epidemia de Gripe Espanhola e o desencarne de Eurípedes em 1º de novembro, o Grupo enfrentou seu maior desafio: continuar o trabalho sem a presença física de seu fundador.

Continuidade após o Desencarne de Eurípedes

1918-1925: Direção de Waltersídes Willon

Waltersídes Willon, irmão de Eurípedes, assumiu a direção do Grupo Espírita Esperança e Caridade e do Colégio Allan Kardec após o desencarne de Eurípedes. Sob sua liderança, o Grupo manteve suas atividades, preservando os princípios e as práticas estabelecidos por seu fundador.

Este período foi marcado por esforços para consolidar o legado de Eurípedes e adaptar-se às mudanças sociais e culturais do pós-guerra. Em 1925, contudo, o Colégio Allan Kardec foi temporariamente fechado, afetando também as atividades do Grupo, que ficaram reduzidas.

1925-1935: Período de Transição

Durante este período, as atividades do Grupo continuaram, ainda que em escala menor. A família de Eurípedes, especialmente seus irmãos e sua mãe, Dona Meca, manteve vivo o espírito do trabalho iniciado por ele, realizando reuniões e atendimentos, mesmo sem a estrutura formal anterior.

Em 21 de maio de 1938, Waltersídes Willon desencarnou, representando a perda de mais um importante continuador da obra de Eurípedes.

1935-1941: Reabertura sob Homilton Wilson

Em 1935, Homilton Wilson, outro irmão de Eurípedes, reabriu o Colégio Allan Kardec, agora com o nome de Escola Allan Kardec. Com esta reabertura, as atividades do Grupo Espírita também ganharam novo impulso, retomando seu papel na comunidade espírita de Sacramento.

Em 1941, Corina Novelino assumiu a direção da Escola Allan Kardec, tornando-se também uma importante continuadora das atividades espíritas iniciadas por Eurípedes.

1952-1965: Novas Iniciativas

Em 29 de janeiro de 1952, Dona Meca, mãe de Eurípedes e importante figura no Grupo Espírita, desencarnou. No mesmo ano, em 1º de novembro, foi inaugurado o Lar de Eurípedes, uma instituição de assistência social fundada por continuadores de sua obra.

Em 1965, Maria da Cruz, uma das fundadoras do Lar de Eurípedes e dedicada trabalhadora espírita, desencarnou, representando mais uma transição na continuidade da obra.

Legado Contemporâneo

Ao longo das décadas, o Grupo Espírita Esperança e Caridade passou por transformações, adaptações e renovações, mas manteve-se como um importante centro de atividades espíritas em Sacramento, preservando o legado de Eurípedes Barsanulfo e continuando seu trabalho de estudo, divulgação e prática dos princípios espíritas.
Hoje, o grupo e as instituições a ele associadas, como o Colégio Allan Kardec (sob diversas denominações ao longo do tempo) e o Lar de Eurípedes, continuam a inspirar novas gerações de espíritas e a manter viva a memória e o exemplo de seu fundador.

Importância Histórica e Cultural

A fundação e atuação do Grupo Espírita Esperança e Caridade transcendem seu papel como instituição religiosa, representando um marco significativo no desenvolvimento do Espiritismo no Brasil e na história cultural de Sacramento:

A atuação do Grupo Espírita Esperança e Caridade também contribuiu para o reconhecimento de Sacramento como um importante polo do Espiritismo brasileiro, atraindo visitantes interessados em conhecer o trabalho desenvolvido por Eurípedes Barsanulfo e seus continuadores.
Hoje, o legado deste Grupo continua a inspirar trabalhadores espíritas em todo o Brasil, sendo referência para estudos históricos sobre o desenvolvimento do Espiritismo no país e exemplo de compromisso com os princípios de amor, caridade e conhecimento que fundamentam a doutrina kardecista.

Conclusão

O Grupo Espírita Esperança e Caridade, fundado por Eurípedes Barsanulfo em 27 de janeiro de 1905, representa um capítulo fundamental na história do Espiritismo brasileiro e um elemento central na trajetória espiritual e humanitária de seu fundador:

• Nasceu como expressão concreta da transformação espiritual de Eurípedes após sua conversão ao Espiritismo
• Desenvolveu um trabalho integrado de estudo doutrinário, desenvolvimento mediúnico e assistência espiritual e material
• Formou, junto com o Colégio Allan Kardec e a Farmácia Espírita, um tripé de atuação abrangente que manifestava na prática os princípios espíritas
• Enfrentou desafios, perseguições e transformações, mantendo-se como um polo irradiador dos ideais kardecistas
• Continuou sua missão mesmo após o desencarne de seu fundador, graças ao compromisso de seus familiares e colaboradores
• Deixou um legado duradouro que continua a influenciar o movimento espírita brasileiro e a inspirar novas gerações

Mais do que uma instituição religiosa, o Grupo Espírita Esperança e Caridade foi um projeto de transformação individual e coletiva, fundamentado na fé raciocinada, no estudo e na prática da caridade. Seu nome, que une os conceitos de "esperança" e "caridade", sintetiza o espírito que animava suas atividades: a esperança em um futuro melhor e a caridade como caminho para construí-lo.

A história deste Grupo se confunde com a própria história de Eurípedes Barsanulfo, refletindo seu compromisso com a divulgação e a vivência dos princípios espíritas e seu amor incondicional pelo próximo. Seu exemplo permanece como inspiração para todos aqueles que buscam, no Espiritismo, não apenas uma doutrina filosófica, mas um caminho de transformação moral e espiritual.

Referências Bibliográficas

• NOVELINO, Corina. Eurípedes: O Homem e a Missão. Araras: IDE, 1979.
• FERREIRA, Inácio. Subsídios para a História de Eurípedes Barsanulfo. Uberaba: [s.n.], 1962.
• FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA. Reformador. Ano 1906, Novembro, Edição 00021. "Instalação do Grupo Espírita Esperança e Caridade".
• FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA. Reformador. Ano 1918, Novembro, Edição 00022. "Desencarne de Eurípedes Barsanulfo".
• BIGHETO, Alessandro Cesar. Eurípedes Barsanulfo, um educador espírita na Primeira República. Dissertação de Mestrado. Universidade Estadual de Campinas, 2006.
• SILVA, Jaqueline Peixoto Vieira da. Espiritismo e Educação: Eurípedes Barsanulfo e o Colégio Allan Kardec / Sacramento-MG (1880-1918). Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Uberlândia, 2017.
• ABDALA, Dirceu. O Apóstolo de Sacramento: Tombamento Religioso, Histórico, Cultural e Patrimonial de Eurípedes Barsanulfo. Sacramento: Editora Esperança e Caridade, 2008.
• RIZZINI, Jorge. Eurípedes Barsanulfo: o apóstolo da caridade. São Paulo: [s.n.], 1979.

História do Grupo Espírita Esperança e Caridade – Sacramento, MG

Origens e Fundação (1905)

O Grupo Espírita Esperança e Caridade foi fundado em 27 de janeiro de 1905, por Eurípedes Barsanulfo, em sua residência na Rua Visconde do Rio Branco, no coração de Sacramento, Minas Gerais. Este grupo surgiu como o primeiro centro espírita urbano kardequiano da cidade e se tornou um marco do espiritismo no Brasil.

A reunião inaugural contou com a presença de 84 pessoas, número expressivo para a época e localidade. Participaram do evento médiuns de renome, como Aristides Gonçalves Fernandes e Jason Ferreira da Cunha, por cujos canais se manifestaram espiritualmente Bezerra de Menezes e Bittencourt Sampaio – este último sendo o responsável por sugerir o nome da instituição: "Esperança e Caridade".

Durante a mesma sessão, Eurípedes psicografou uma mensagem assinada pelo espírito Vicente de Paulo, que se apresentou como humilde servidor na condução dos serviços de cura e prática mediúnica, reafirmando o tom de fraternidade e serviço que marcaria a trajetória da instituição.

Contexto Histórico e Doutrinário

A fundação do grupo se deu em um contexto delicado. Embora a Constituição da recém-proclamada República garantisse a liberdade de culto, o Código Penal de 1890 ainda criminalizava a prática do espiritismo, rotulando-a como curandeirismo e charlatanismo. Em muitas localidades, centros espíritas eram invadidos ou dissolvidos à força. A coragem e dedicação de Eurípedes e seus companheiros representaram um ato de resistência espiritual e civil.

Desenvolvimento das Atividades

Desde sua fundação, o grupo estabeleceu como lema a máxima de Kardec: “Fora da caridade não há salvação.”

As atividades principais se concentraram em:

• Estudo e prática doutrinária
• Assistência espiritual e mediúnica
• Atenção à saúde física e emocional
• Educação moral e intelectual da juventude

A prática mediúnica era acompanhada por atendimentos espirituais e prescrição gratuita de medicamentos homeopáticos, psicografados por Eurípedes com o amparo do espírito Bezerra de Menezes. A farmácia espírita chegou a distribuir mais de mil receitas por dia, com destaque para os 400 atendimentos registrados em agosto de 1906, como mencionado na revista Reformador.

Associação com o Colégio Allan Kardec

Em 1907, dois anos após a fundação do grupo, Eurípedes fundou o Colégio Allan Kardec, que se tornaria o primeiro colégio espírita do Brasil com currículo regular e ensino gratuito. A instituição nasceu como desdobramento natural dos ideais cultivados no Grupo Esperança e Caridade, consolidando a educação como uma das frentes principais do trabalho espírita em Sacramento.

Continuidade Após 1918

Com o falecimento de Eurípedes em 1º de novembro de 1918, o grupo manteve suas atividades ininterruptamente, sendo dirigido por discípulos e familiares. Destacam-se nomes como:

• Watersídes Willon
• Homilton Wilson
• Antônio Eugênio Magnabosco
• Evangelino Cunha
• Manoel Soares
• Édio Vilela
• Oscar Martins de Oliveira
• Hermínio Pícolo
• Ivomir Cunha
• Saulo Wilson
• Alzira Bessa França Amui

A assistência a enfermos foi conduzida por Mariano da Cunha, Cândido Pinto Valada, José Gonçalves Novelino, Amália Ferreira de Mello e outros que seguiam os passos deixados por Eurípedes.

Atividades Atuais

Até os dias de hoje, o Grupo Espírita Esperança e Caridade continua ativo e comprometido com seus pilares fundacionais. Suas atividades incluem:

• Estudos doutrinários e evangélicos
• Atendimento fraterno
• Sessões mediúnicas
• Assistência social
• Evangelização infantil
• Culto do Evangelho às 9 horas (iniciado em 11 de junho de 1904 e mantido ininterruptamente desde então)
• Envio do estudo do Evangelho Segundo o Espiritismo, diariamente, para mais de 15 mil pessoas para todo o mundo, via WhatsApp (desde 2020)

A sede do grupo ainda preserva a essência do espaço fundacional, sendo também referência para estudiosos e simpatizantes do espiritismo.

Legado

Mais do que um centro espírita, o Grupo Espírita Esperança e Caridade representa um legado espiritual de transformação pela caridade, sustentado ao longo de mais de um século. A vida e obra de Eurípedes Barsanulfo continuam inspirando gerações, e o grupo segue como um dos centros espíritas mais antigos em atividade contínua do país, testemunho vivo da força do amor e da fé.